sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Ao Mestre A. Jorge

Gostaria de pedir a permissão dos caros presentes para externar estas poucas palavras (isso é relativo, é claro) dirigidas publicamente ao - para mim já há muito tempo - Mestre Antônio Jorge, com quem tive (e pretendo voltar a ter) o prazer de cursar uma disciplina nesta Universidade.

Professor,
Gostaria muito de assistir pessoalmente a sua defesa, a qual sei que será moleza para o Senhor e riqueza para os demais. Na ausência da possibilidade, faço uso deste meio para dizer que admiro muitíssimo sua relação com o Saber, a forma como o Senhor se volta para o aprender e para o ensinar - o que julgo mais louvável e, não preciso negar, mobiliza meu interesse. Muito me alegra o fato de uma pessoa com seus valores e personalidade alcançar mais um degrau na carreira acadêmica. Sei que o investimento que o Estado Brasileiro fez desta vez alcançará, como em pouquíssimas outras, o objetivo de contribuir para o progresso da sociedade e, é este o caso, para a elevação do nível desta Universidade - creio que o senhor, se já não ocupa uma cadeira permanente entre nossos professores, o fará em breve.

O trabalho do educador é, de muito longe, o mais necessário para uma nação no estágio em que nos encontramos. Por isso, agradeço como pessoa por sua contribuição em minha formação - que, espero, não tenha terminado naquela disciplina - mas agradeço também como membro do corpo social. Parabenizo-o por sua dedicação nas aulas que dá - conversas informativas, discussões, na verdade; pela disponibilidade e pelo interesse manifesto em contribuir como possível para a formação de seus alunos; em fazer mover-se, muitas vezes só com as forças dos próprios braços, nosso sistema educacional emperrado - porque debilitado por quem lhe deveria edificar.

A Educação é uma tarefa quase sempre inglória, principalmente se considerarmos o retorno financeiro. Mas é, também pelas condições adversas, uma tarefa heróica que reflete, de quem a empreende, idealismo e responsabilidade coletiva - atributos, lamentavelmente, tão fora da moda atual. E é esta a tarefa que o Senhor tem abraçado e desenvolvido de forma tão legítima.

Gostaria de dizer que o Senhor tem me servido de exemplo e que me lembro de suas aulas como modelo de excelência quando ministro as minhas. Quando meus alunos dizem que minhas aulas são melhores que as dos outros professores, do meio de minha falsa modéstia ao desencorajá-los a fazer comparações, me lembro do Senhor além de alguns professores que tenho aqui.
Estou certo de que o título hoje alcançado é só o coroamento de uma carreira de trabalho árduo, dedicação e, digo sem medo de me enganar, de méritos! Isso tá na "kra" (Rsrsrs)!...
Parabéns, Atônio Jorge!
Parabéns, Cidadão!
Parabéns, Professor!
Parabéns, Mestre!
Um Abraço!
Rúben Reis
Estudante de Letras – UFPI